Dividirei este tema em três partes, sendo esta
a primeira.
Investigar como pensa a pessoa democrata, e por
sua vez localizando ou apontando as diferenças com os autocratas, totalistas/ditador,
teocratas, aristocratas... Trata-se de uma tarefa complexa, cujo resultado
poderá inclinar-se ao mero campo da opinião, uma vez que este investigador não
detém o conhecimento especializado na área. Então, já disse anteriormente,
seria como “medir o peso da fumaça” sob a incumbência de profissional de área
de conhecimento diversa ao da recomendada. Não se deve ignorar o fato de que o
amparo interdisciplinar embasado em autores familiarizados ao tema seria o mais
correto, assim como o multidisciplinar. Contudo, não estou interessado em obra
prima, até pela minha limitação teórica, e por pensar que neste ramo estou mais
próximo das inquietações do astrólogo que do cientista das ciências exatas.
Observação: Não me aprofundarei em Piaget em seu método construtivista, pois
não quero saber sobre o desenvolvimento cognitivo psicogenético. Do mesmo modo,
nem Vigotski na relação ou inter-relação entre pensamento e linguagem para o
desenvolvimento intelectual. Até descartaria Paulo Freire, pois também não
estou interessado em me aprofundar na educação, combatendo a mera transferência
de conhecimento do tipo “método bancário”, nem no que a educação produz e o que
ela reproduz na continuidade histórica, como processo através do qual se opera
no tempo a reprodução do arbitrário cultural como dito por Bourdieu. Portanto,
prefiro a simplicidade da opinião e principalmente por estar mais voltado em
apreciar a atualidade dos pensamentos das pessoas com o perfil sobre as quais
me propus a falar, do que em conhecer as causas, as conseqüências, os seus
efeitos, pois os seres humanos que futuramente queremos no âmbito do Estado,
até pode ser um problema também meu, mas muito mais do Estado, através de
políticas públicas e não caberia neste contexto discutir. Portanto, aqui não se
efetua qualquer corte epistemológico da ciência padrão.
Dito isso, passo as considerações, porém, antes
cabe alertar que apenas caminho ao lado de Kant, que uns criticam por ser idealista,
se é que isso será possível, pelas limitações da capacidade deste emissor.
Adentrando no tema, poderia afirmar de maneira
provisória que os sentidos não se enganam, mas não julgam. Num conhecimento que
concorde totalmente com as leis do entendimento não existe erro; e numa
representação dos sentidos também não existe erro.
A verdade e a ilusão não estão no objeto, mas no juízo sobre ele na medida em que é pensado. (para alguns esta afirmação trata-se de uma visão idealista).
A verdade e a ilusão não estão no objeto, mas no juízo sobre ele na medida em que é pensado. (para alguns esta afirmação trata-se de uma visão idealista).
O Entendimento e Sensibilidade formalizam a
verdade.
São chamados princípios imanentes aqueles cuja
aplicação se mantém absolutamente dentro da experiência possível, e princípios
transcendentes quando ultrapassam esses limites ou até ordenam que esses
limites sejam ultrapassados, ou seja, indo até ao campo das idéias.
Princípios do entendimento puro devem ter um
uso empírico.
O caminho natural do conhecer vai: do sentido,
ao entendimento até a razão, esta enquanto abstração mais elevada, possuindo
uma faculdade lógica e outra transcendental.
O sentido quer me parecer caracterizar-se como o mais primário de todos, seguido pelo entendimento, depois vem à razão. Poderíamos tomar como exemplo os animais em que neles encontra-se mais presente os sentidos, tais como o faro, audição, visão, tato, paladar..., e até alguns entendimentos, estes, porém, mais no aspecto comportamental do behaviorismo, condicionamento reflexo, um empirismo enquanto experimentos naturais e primários.
O sentido quer me parecer caracterizar-se como o mais primário de todos, seguido pelo entendimento, depois vem à razão. Poderíamos tomar como exemplo os animais em que neles encontra-se mais presente os sentidos, tais como o faro, audição, visão, tato, paladar..., e até alguns entendimentos, estes, porém, mais no aspecto comportamental do behaviorismo, condicionamento reflexo, um empirismo enquanto experimentos naturais e primários.
Assim, no conhecimento temos o “entendimento
como faculdade das regras” e a “razão como faculdade dos princípios, ou seja,
vemos o mundo “filtrado e processado” pela nossa razão.”
Dessa maneira, o conhecimento por princípios se
difere do conhecimento por entendimento.
Portanto, temos a razão como unidade das regras do entendimento mediante princípios.
A razão jamais se relaciona imediatamente nem com a experiência nem com qualquer objeto, mas com o entendimento.
Portanto, temos a razão como unidade das regras do entendimento mediante princípios.
A razão jamais se relaciona imediatamente nem com a experiência nem com qualquer objeto, mas com o entendimento.
A razão busca, mediante raciocínio, reduzir a
um número bem pequeno de princípios a grande variedade de conhecimento do
entendimento e daí realiza a mais alta unidade. Seria essa unidade a parte
formal da lógica?
Então, a razão pura - uma unidade do
entendimento.
A um passo a mais, teremos o raciocínio – um
juízo que formamos subsumindo sua condição numa regra geral (premissa maior).
As proposições fundamentais que decorrem desse
princípio supremo da razão pura serão transcendentes em relação a todos os
fenômenos, e não podemos fazer o uso empírico que lhe seja adequado. Já os
princípios do entendimento são imanentes, ou seja, completamente da
experiência.
Assim sendo, nesse primeiro ensaio nada pude
conseguir distinguir, de mais pertinente, sobre as diferenças entre os
pensamentos do Democrata, autocrata, totalista/ditadores, teocratas,
aristocratas… Talvez para que esse trecho não fique em vão poderia adiantar uma
possível distinção, ou seja, de que as pessoas democratas utilizam mais os
princípios transcendentes, ou seja, quando ultrapassam a experiência possível
ou até ordenam que esses limites sejam ultrapassados, chegando até ao campo das
idéias. Já os demais perfis, se utilizam de princípios do entendimento imanentes,
aqueles cuja aplicação se mantém absolutamente dentro da experiência possível.
Todavia isso não bastará para conhecer as diferenças entre conhecimento, entendimento e a razão. Então podemos continuar numa busca aos conceitos transcendentes da razão pura, os raciocínios transcendentes e a dialética, enquanto possibilidade de resolução deste dilema tomado como objeto de investigação.
Todavia isso não bastará para conhecer as diferenças entre conhecimento, entendimento e a razão. Então podemos continuar numa busca aos conceitos transcendentes da razão pura, os raciocínios transcendentes e a dialética, enquanto possibilidade de resolução deste dilema tomado como objeto de investigação.
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira
“Somente seremos livres quando a qualidade do pensamento democrático se impuser sobre a autoridade das demais ordens.”
Dividi o assunto em três textos. Confesso a minha grande dificuldade de entender, especialmente de compreender os escritos de Kant. O maior pensador de sua época. Suas obras permanecem atualíssimas.
ResponderExcluirProcurei encaixar perfiz das pessoas que denominei para melhor compreender o pensamento dele relativo ao conhecimento, a razão e verdade. Extrai dele o modo ou caminho natural da formação do pensamento, ou seja, do sentido, ao entendimento até a razão, esta enquanto abstração mais elevada, possuindo uma faculdade lógica e outra transcendental.
Na prática, quando procuramos dar educação aos filhos, deveríamos saber tais regras básicas, até o método de que a escola se utiliza para não cairmos no conto de desastrosos métodos aplicados em detrimento da formação, simples assim!