Aqui neste meu país (Brasil) relembramos o uso da propaganda
eleitoral nacional pelos partidos políticos em relações aos programas sociais de renda.
Permita-me perguntar: As instituições políticas para serem
valorizadas devem se pautar dentro desse novo foco – pobreza, fome, miséria!?
Não, não é novo. Esse embate teve origem na tese
“malthusiana”: (Malthus alertava que a população crescia em progressão
geométrica,
enquanto que a produção de alimentos crescia em progressão
aritmética.
No limite, isso acarretaria uma drástica escassez de alimentos e, como
consequência, a fome. Portanto, inevitavelmente o crescimento populacional
deveria ser controlado - https://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_populacional_malthusiana.).
Hodiernamente, superada a aludida tese secular pelo visível
desperdício alimentar que hoje vivenciamos. Então, partes das políticas
públicas passam a se inclinar no sentido de encontrar a antítese malthusiana
com o uso da moeda para combater a fome, miséria e afastar a causa da pobreza, ou seja,
concedendo rendas através dos benefícios assistenciais direcionados contra tais
mazelas...
Aqui tudo se amplia <, no judiciário até a Justiça
Gratuita é abundante! Ou seja, ninguém se emancipa desse sistema pois não há conquistas
ou mérito, e tais políticas se tornaram apenas agregadoras de corpus, em relação a Democracia, rumando à mera igualdade
numérica, mas do voto inconsciente em duvidosa legitimidade em prol do
suposto políticos emancipadores!
E a contradição se instaura.
- No materialismo (socialismo) o combate se inicia com a
sensibilidade humana, ou seja, a fome, pobreza, a miséria..., substanciando e
subjetivando esses fatos em realidade. Contudo, entrega-se o produto/substância/rendas
(o peixe, ainda que seja a coisa dos outros/nós - impostos). Muitas vezes
ocorre a simples entrega/dádiva sem se preocupar em dispor também as ideias
nascidas dentro da boa escola/educação integral que fornece o mérito das
conquistas. (A exemplo da conhecida lenda da ferramenta/anzol invés do peixe).
- No idealismo (capitalismo) é a consciência do
homem/indivíduo/psíquico que se impõe enquanto vontade e determina a realidade
objetiva. Contudo, age-se sem dispor ou abrir mão do “jus abutendi”. Fazem isso
enquanto matriz da beneficência ou caridade, sem se importar com a verdadeira
partilha de rendas, através de impostos justos, porém dizem que todo o imposto
é excessivo!
Portando, quando uma política pública é realizada sem o
acesso ao saber e a tecnologia, resta claro que se faz um mero e leigo combate
ao malthusianismo ou Darwinismo.
E assim esse povo continua vagando nesta terra,
lançados à sorte, mas com “a morte da fome”, obviamente superada essa severa
“seletividade natural” uns poderão até progredir ou mesmo evoluir, mas no fundo
muitos aqui se estabelecem enquanto permanência neste mundo de todos apenas no
“estado natural”, à custa de políticas sociais genéricas (oferecidas/dadas sem
critérios e cuidados no campo da efetiva fiscalização)!
A contradição defendida pelos materialistas é assim resumida
em Marx - A Ideologia Alemã: “O modo de
produção da vida material determina o caráter geral dos processos de vida
social, política e espiritual. Não é a consciência dos homens o que lhes
determina a realidade objetiva, mas ao contrário, a realidade social é que lhes
determina a consciência.”.
Contudo, Em 1908 aduziu Schumpeter:
''Ninguém
dá importância ao pão pela quantidade de pão que existe num país ou no mundo,
mas todos medem sua utilidade de acordo com a quantidade disponível para si, e
isso, por sua vez, depende da quantidade total.”1
Então, é preciso dizer repetitivamente que pagamos os
impostos e que parcela efetiva dele deve estar voltada para melhorar a
distribuição das rendas e das instituições produtoras do saber e tecnologias,
sem demagogias e politicagens eleitoreiras, mas diante de uma
fiscalização/transparência do destino da tributação!!
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira
O tema faz lembrar o marketing político partidário o qual atinge o inconsciente coletivo desavisado sobre a questão da miséria, fome, pobreza... Na verdade trata-se de um resgate do antigo discurso da antítese malthusiana. Ressalta-se a contradição construída pela tese marxista, a consciência versus realidade, suplantando indevidamente esta. Culminando com Schumpeter e sua crítica sobre a cegueira quanto ao total das coisas e disponibilidade delas enquanto reivindicadas para si ou determinados grupos.
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