- Estado Teocrático
Na religião o amor é a única conexão possível entre a pessoa, composta de matéria e alma, e o céu, este enquanto a última morada, segundo os mandamentos celestiais. Todavia, esse amor se firma no elemento simples! Falo do elemento simples enquanto imaterial e invisível às ciências naturais que também estrutura a alma.
Assim, como acima me referi no texto anterior,
o amor é único em cada forma e é impossível do oleiro em sua arte reproduzir
sempre idêntica moldura, pois ao dividir o primeiro homem, multiplicou as
formas.
Em sendo o amor uma unidade, encontrando cada
um o seu próprio amor, não podemos provar qualquer utilidade ao Estado, salvo
contra o corrupto e o tirano, como disse antes.
Portanto, para explicar o amor enquanto simples devemos considerar o dualismo Céu e Terra.
No início, havia substâncias simples. Bem, não vou repetir aquilo que já havia dito quando falei sobre “A Alma, a composição, o absoluto”. O espírito ou a alma, como queiram chamar, foram constituídos por elementos simples e não havia a necessidade de composição. E assim permanece no céu o amor simples como nossa busca por todo o tempo vindouro como inevitável casa eterna (tal como os políticos pensam em relação permanência nos cargos da estrutura política do Estado!). Lá no Céu, a única conexão possível será o amor, pois também foi formado pelo mesmo elemento simples da alma.
E então o dualismo céu e terra passaram a ser diferenciados pelo elemento simples naquele e composto neste, pois na modalidade celestial a alma e o amor decorrem da forma simples e incorruptível, pois, livre da matéria. Já na terra a alma, o amor e a matéria formam a composição dos humanos, colocando a vida no mundo que vai do simples ao complexo. Fruto ou herança da expulsão do então estado de perfeita felicidade, o paraíso. (expulsão que se diz nem boa nem má, mas estabelecida).
Portanto, para explicar o amor enquanto simples devemos considerar o dualismo Céu e Terra.
No início, havia substâncias simples. Bem, não vou repetir aquilo que já havia dito quando falei sobre “A Alma, a composição, o absoluto”. O espírito ou a alma, como queiram chamar, foram constituídos por elementos simples e não havia a necessidade de composição. E assim permanece no céu o amor simples como nossa busca por todo o tempo vindouro como inevitável casa eterna (tal como os políticos pensam em relação permanência nos cargos da estrutura política do Estado!). Lá no Céu, a única conexão possível será o amor, pois também foi formado pelo mesmo elemento simples da alma.
E então o dualismo céu e terra passaram a ser diferenciados pelo elemento simples naquele e composto neste, pois na modalidade celestial a alma e o amor decorrem da forma simples e incorruptível, pois, livre da matéria. Já na terra a alma, o amor e a matéria formam a composição dos humanos, colocando a vida no mundo que vai do simples ao complexo. Fruto ou herança da expulsão do então estado de perfeita felicidade, o paraíso. (expulsão que se diz nem boa nem má, mas estabelecida).
Respondam-me os teólogos, será possível na
terra estabelecer o simples amor como unidade ou entidade de governança?!
Eu respondo que não, uma vez que, tal como a
alma da qual o corpo também se compõe este enquanto substância, o amor na terra
permanece no humano, até os últimos dias.
Já o verdadeiro amor, decorre da forma simples e terá o merecimento celestial, ou seja, nada mais é do que um substrato do simples.
Já o verdadeiro amor, decorre da forma simples e terá o merecimento celestial, ou seja, nada mais é do que um substrato do simples.
Ora, o substrato não é a coisa em si (a alma) senão
apenas um componente das condições para formar o merecimento da alma. (é pelo
bom substrato que produzimos que o merecimento da alma será julgado).
Portanto, não terá o amor divino a condição e
interesse de governar as coisas terrenas senão o merecimento da alma, posto ser
considerado como simples, puro e livre da matéria na sua mais bela missão de
transpor o absoluto – levando a alma ao céu. Já as demais formas de amor estão
no plano extra celestial, ou seja, aqui na terra. E toda vez que a religião
optar em governar, irá governar equivocadamente na forma simples, como manda os
escritos sagrados, sem considerar a forma composta do corpo e alma. Contudo,
após a grande separação divina das duas instâncias, a celestial e terrena, pela
expulsão do paraíso antes dito, os procedimentos não se conectam diretamente,
pois um ocorre na forma substancial, e outro, a divina, apenas pelo amor na
forma simples.
Na unidade celestial, eu diria então existir
apenas o incondicionado ou absoluto e somente a alma pode transpor nessa
possível conexão. Já a governança na terra implica numa conexão material do
condicionado e até mesmo do incondicionado (este como conhecimento e inovações terrenas da ciência
e artes no mundo substancial e o ideal), havendo assim o simples, o composto e
o complexo material corruptível.
Assim sendo, governar a terra com as coisas celestiais estabelecendo coisas simples, pretendendo administrar o composto em especial na democracia, na sua diversidade, com pluralidade e complexidade de fins não será prudente.
Seria este um Estado de puro amor, sendo
teocrático! Portanto, penso ser desaconselhável.
Mas, como deduzi sobre o nepotismo, governar apenas
com a outra forma de amor, a de injunções, amante e amado, ou seja, um amor
composto apenas por duas partes, a governança que seria praticada certamente
tomaria a modalidade do nepotismo. Também ocorreria no Estado teocrático,
governar a coisa complexa, com o simples amor, igualmente não seria prudente.
Por fim, creio que o amor na forma simples ministrado pela religião na sua teologia, ou no de injunções do nepotismo, não satisfaz à boa governança.
- Estado Laico
Melhor o Estado Laico! Imparcial, não apoiando
nem se opondo a nenhuma religião. Este em que o amor não interfere na sua
estrutura, em qualquer das suas formas. Sim, onde se prefere um Estado Político
Democrático e de estrutura Técnica.
Justifico ainda no fato de que a democracia
como melhor forma de governar e de fazer política no Estado, julgo que não pode
ser exercitada pela religião. Vejamos, pois disse num texto anterior que a
democracia no céu não existe: “Não
precisamos da democracia, igualdade e liberdade na abundância das coisas, mas
na medida e escassez. Nem no paraíso (céu), pois lá as “coisas” são
desnecessárias.” Portanto, a religião nos seus rituais segue os mandamentos
simples e sagrados, sendo desnecessárias as diferenças e as coisas que são exercitados
apenas no plano substancial e democrático, senão cabe a ela administrar os
substratos do amor para julgar o merecimento da alma.
Todavia, Observo que a religião prestará inegável serviço ao povo e instituições na expulsão dos corruptos, tiranos (ditadores), pois conseguirá a unidade em torno do simples amor, mas sem a missão imprópria a de posterior exercitar o composto numa intensa conexão material como ocorre na missão de governo.
Ora, o exemplo do grande erro está demonstrado
na fase do obscurantismo da idade média onde a religião e estado se confundia,
e deu no que deu...
(Mas ..., a intuição é de ordem prática! )
Milton Luiz Gazaniga de Oliveira
A discussão consiste em distinguir o Estado Teocrático e o Laico. O governo das almas (das coisas simples - o amor) e o governo dos corpos este da composição e da administração das coisas simples e complexas.
ResponderExcluirA opção pelo Estado Laico. Todavia, observei que a religião prestará inegável serviço ao povo e instituições na expulsão dos corruptos, tiranos (ditadores).