Aos
meus Colegas de Carreira e demais Carreiras Jurídicas. Dois pontos pedem considerações.
Falo
dos processos judiciais, as causas, e o respeito às leis em relação ao
excessivo apego aos livros;
Alerto
ainda sobre o cuidado financeiro com a carreira na jubilação/aposentadoria, enquanto decano tempo de paridade e integralidade de valores financeiros, que até então (2015) existiu enquanto fundamental reserva estatutária e constitucional atrativa para novos ingressos de dignos defensores da coisa pública, pois isso está em
vossas mãos em lutar em manter por esse atrativo direito!
A
palavra processamento pode ser entendida de modo amplo. Mas é isso mesmo que eu
quero!
“Uma causa judicial ou administrativa passa
por um processamento”.
Por
favor, meus Colegas, parem de ler doutrinas e jurisprudências e as montanhas de
livros que os mercadores do direito produzem e reproduzem. Apenas vejam as leis
vigentes e se utilizem da técnica que a universidade lhes entregou! Assim, o
processamento dos feitos serão mais simples e rápidos!
Quando
eu leio um texto, faço o processamento; quando me alimento, o mesmo ocorre.
Quando fabrico um produto também faço um processamento. Mas quando passo o
tempo todo lendo ou me alimentando, é evidente que no primeiro caso não penso;
no segundo apenas engordo; no terceiro caso, quando apenas fabrico um produto,
esqueço de pensar na venda.
Diz
Schopenhauer em síntese que, “quando
lemos outra pessoa pensa por nós”
(pag. 127)! Isso porque a leitura faz com que apenas repetimos (pelos outros) o
seu processo mental. Quando lemos em demasia dispensamos grande parte do
trabalho de pensar. A leitura nos alivia, pois ela faz com que deixamos de nos
ocupar com nossos pensamentos, e fazemos da nossa cabeça durante a leitura uma
arena de pensamentos alheios.
Então,
parem de serem imitadores banais, repetindo a doutrina e jurisprudência, mas
repitam apenas os Códigos, não sendo arena ou palco aos outros atores do
direito!
O
que vos digo, pode lhes chocar! Deixem aos Deputados legisladores a arte de
valorar e sintetizar o pensamento do povo na Lei e, por conseguinte, reproduzam
as leis nas causas em processamento.
Vocês,
como eu também fui, são como aqueles que passam o tempo todo cavalgando ou
dentro do carro na cidade, mas com isso desaprendem a andar/caminhar.
Vejam,
por acaso minha pequena biblioteca tem poucos livros, “olhei” um pouco mais de
uma dúzia dos clássicos, o resto poderá permanecer até a petrificação para que
os paleontólogos literários possam observar. Assim será os vossos processos,
petrificados, se não atenderem o pensamento da Lei do povo.
Digo
mais, tem coisa que não se faz ou se constrói somente nos livros, mas na
família e na escola. Por exemplo, o ensinamento ético e moral. Na escola, em
razão da república e seus laços, devem ser dispostos os melhores livros
selecionados. Contudo, desde que na medida para que não haja a saturação do
pensamento, nem exceda os objetivos da nação; Na família o respeito em tudo
aquilo que pode ser compartilhado, com reflexos desde a tenra idade até o dia
final. Salvo, é claro, se vossos pensamentos, forem do tipo Sartreano em ser
apenas livre, tal como ele “a liberdade é absoluta ou não existe.” “vim do nada
e me construí”.
Daí
você será uma essência absoluta em si e desprezará a república e vossos pais, e
não respeitarás o próximo, principalmente se ele estiver aposentado, pois nem
precisará contribuir com o sistema previdenciário que resulta na solidariedade
social, do qual não usarás!
Quanto à Carreira.
Desprezará
vossa carreira não lutando por uma aposentadoria realmente integral e paritária,
para que possa atrair os melhores profissionais que pensam numa justa jubilação,
enquanto principal forma de valorização do trabalho e atratividade no serviço
público. Saibam os senhores que a AGU, que hoje (2015) integro no quadro de inativo, se não estou exagerando, era a
única carreira jurídica que a aposentadoria de fato era integral e paritária, como
um dos poucos atrativos que tínhamos. E agora, com penduricalhos e exclusões
dos aposentados, como ficará, pois os nossos subsídios são os menores da república?!
Deixarão
assim que o patrimônio público fique entregue nas mãos de agentes temporários
que pensam na imediata satisfação pecuniária, recebendo graúdos penduricalhos,
como verbas indenizatórias, ou pró-labores e/ou honorários
faciendo/gratificações, advocacia privada, já que esses itens excluem seus
Colegas já jubilados do trabalho. Depois serão angustiados como Xerxes: Contemplarás
um exército de lutadores (na carreira), pensando que daqui a cem anos nenhum
desses homens estará vivo e sentiria vontade de chorar, pois você também não
terá futuro, senão lutar/trabalhar até a morte! Então, lutem para que os
concursos sejam feitos pelas Universidades, ou fiscalizados dentro das
disciplinas padrão, para que nenhum aventureiro adote sua tese como absoluta
fora do âmbito disciplinar; Não tomem atitudes antirrepublicanas; lutem para
que os códigos e leis sejam claros e com efetiva aplicação. Valorizem a
carreira através do atrativo centenário da verdadeira aposentadoria integral. Caso
contrário, façam o seguinte favor: sejam atores de causas nômades, sem essência
coletiva (com a coisa pública jogada na rua) e fujam para o deserto! Bem,
poderia dizer mais, mas seria prolixo. (pois iria falar do abuso hoje existente
aos demais aposentados e dos Fundos falidos pela mão invisível dos corruptos,
mas me faltariam dados e estaria emitindo meras opiniões, ainda que evidentes!) (redigido ainda em 2015).
Milton
Luiz Gazaniga de oliveira
Esse é o pecado! No direito temos o hábito de procurar fundamentar até mesmo as coisas óbvias, citando livros, doutrinas... Schopenhauer faz críticas inteligentes, dizendo que “quando lemos outra pessoa pensa por nós”. Assim também ocorre na escola, ensinamos os alunos cansativamente a ser leitores em demasia, dispensando grande parte do trabalho de pensar. Na escola, em razão da república e seus laços, devem ser dispostos os melhores livros selecionados. Contudo, desde que na medida para que não haja a saturação do pensamento, nem exceda os objetivos da nação.
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